José é uma figura central na Bíblia, cuja vida é repleta de desafios, sonhos e uma notável obediência a Deus e neste artigo “A Jornada de José Governador do Egito”, sua história, encontrada no livro de Gênesis, nos ensina sobre perseverança, fé e a importância de confiar nos planos divinos, mesmo em meio às adversidades.
1. A Infância de José
Filho preferido de Jacó, apesar de não ser o seu primogênito (mas o primeiro filho de Jacó com Raquel, a mulher que mais amou), José nunca escondeu a sua liderança. O favoritismo de que era alvo por parte do pai, valeu-lhe a malquerença dos irmãos.
Estes, quando José estava com 17 para 18 anos, venderam-no como escravo, por 20 sheqels de prata, a mercadores ismaelitas, que o levaram ao Egito, no período da XVII dinastia.
Aqui, podemos destacar como as relações familiares podem ser complicadas e como os conflitos muitas vezes nascem da comparação e do favoritismo.
2. Os Sonhos de José
Os sonhos de José não eram apenas meras fantasias; eles eram proféticos. Em seu primeiro sonho, ele via feixes de trigo se curvando diante dele, simbolizando que um dia seus irmãos se curvariam a ele. Esse elemento de sua história mostra a importância de reconhecer e interpretar os sinais que Deus nos dá.
3. A Traição dos Irmãos foi um marco nessa história “A Jornada de José Governador do Egito”
A inveja levou os irmãos de José a traí-lo. Eles o venderam como escravo quando José tinha apenas 17 para 18 anos por 20 sheqels de prata, a mercadores ismaelitas, que o levaram ao Egito, no período da XVII dinastia.
Com isso, mentiram para Jacó, dizendo que ele havia sido devorado por um animal selvagem. Este evento marca um ponto crucial na vida de José e ilustra o impacto negativo das ações motivadas por inveja e desespero.
4. A Vida no Egito também foi um marco nessa história “A Jornada de José Governador do Egito”
Após ser vendido, José foi comprado por Potifar, oficial e capitão da guarda do rei do Egito, de quem conquistou a confiança e tornou-se dirigente dos criados e administrador da casa. Na casa de Potifar, estudou com um escriba e aprendeu a língua egípcia.
Sua integridade e habilidades logo chamaram a atenção, mas ele enfrentou mais uma provação quando a esposa de Potifar tentou seduzi-lo e ele recusou. Sua recusa em pecar demonstra sua fé e obediência a Deus, mesmo em circunstâncias desafiadoras.
5. A Prisão e a Interpretação dos Sonhos
Falsamente acusado, José foi preso. Na prisão, ele usou seu dom de interpretar sonhos para ajudar outros prisioneiros, incluindo o copeiro do faraó. Isso enfatiza a importância de usar nossos talentos, mesmo em tempos de dificuldade, e como pequenas ações podem levar a grandes oportunidades.
Ele decifrou o sonho do copeiro-chefe e padeiro-chefe do palácio do Faraó, que foram presos acusados de conspiração. Segundo a interpretação de José, o sonho do padeiro-chefe indicava que este seria enforcado, mas o do copeiro-chefe indicava que este seria salvo, o que de fato aconteceu.
Dois anos mais passaria José na prisão, até que o Faraó pediu para que interpretasse um sonho que tivera, aconselhado pelo copeiro-mor. Em parte do sonho, Faraó via subir do Nilo sete vacas gordas e em seguida outras sete vacas magras, que devoravam as sete vacas gordas.
José interpretou o sonho do Faraó como sendo uma previsão de que viriam sobre o Egito sete anos de abundância, seguidos por mais sete de seca e fome. O Faraó, satisfeito com a interpretação dada ao seu sonho, dá a José um anel de seu dedo.
Além disso, o fez vestir vestes de linho fino, põe um colar de ouro no seu pescoço e o constitui mandatário de toda a terra do Egito. José tinha então a idade de trinta anos. O Faraó deu-lhe ainda Azenate por mulher.
6. A Ascensão ao Poder
José, então, ordena que se construam celeiros para guardar a produção do Egito durante os anos de fartura. Em verdade, também, nos anos em que passou na prisão, havia se inteirado da situação política do Egito e sabia também que nos anos de seca que viriam, como se mostrou nos sonhos do Faraó.
Assim sendo, apenas o Baixo Egito teria mantimentos que tinham sido armazenados. E assim aconteceu. Nos sete anos de seca que vieram depois, havia fome em todas as terras, menos nas terras do Faraó.
Todo o Egito clamava a Faraó por alimento e este mandava que fossem a José e este abriu todos os celeiros e vendia os mantimentos aos egípcios.
7. A Reunião com os Irmãos e o perdão
Durante a fome, os irmãos de José vieram ao Egito em busca de comida. José, agora poderoso, reconheceu-os, mas decidiu testar suas intenções antes de revelar sua identidade. Essa parte da história mostra a complexidade do perdão e como a reconciliação pode ser um processo.
José enviou seus irmãos de volta a seu pai, com um recado: para que todos descessem ao Egito, sem demora, para habitar a Terra de Gósen e assim ficar perto dele. Pediu que viessem os filhos, netos, rebanhos e tudo quanto tivessem. José os sustentaria, pois ainda restavam cinco anos de fome.
Quando Jacó (já rebatizado por Deus com o nome de Israel) chegou ao Egito, José subiu ao seu encontro, abraçando-o e chorando demoradamente. Todos os onze irmãos a quem José ajudou, além de seu pai e todos os demais parentes (sendo ao todo sessenta e seis pessoas.
Entre eles foram: Zebulom, Isaacar, Rúben, Naftali, Benjamim, Dã, Simeão, Levi, Judá, Gade e Aser. É assim que o povo israelita se instala no Egito, antes de ser escravizado e, mais tarde, libertado sob a liderança de Moisés.
8. O fim do governo
É possível que durante os anos de seca os sacerdotes tenham conseguido despertar a ira popular contra José e Apopi I, o faraó hicso, pois é durante esses anos que acontecem vários conflitos civis contra os governantes que terminaram com a vitória do faraó Tao II e seu exército.
Eles tomaram primeiro Mênfis e depois a então capital Tânis. Vendo-se sem condições de vencer, Apopi e seus vassalos refugiam-se em Aváris, a cidade fortaleza construída pelos hicsos. Os hicsos acabaram finalmente vencidos.
Depois de aproximadamente 500 anos sobre as terras do Egito, por Amósis I filho de Tao, na XVIII dinastia. É muito provável que José tenha morrido durante esses combates contra Tao II ou em um dos conflitos civis.
9. A Importância da Obediência e da Fé
A Jornada de José Governador do Egito é um testemunho da importância da obediência a Deus e da confiança em Seus planos. José manteve sua fé mesmo nas situações mais adversas, e isso nos ensina a buscar a orientação divina em nossas próprias vidas.
Conclusão:
Mesmo com a ascensão demorada de José, desde a prisão até interpretar os sonhos do Faraó Apopi I e tornar-se o segundo homem mais poderoso do Egito, nunca foi vista uma mudança de ego em José.
Após o encontro com sua família, José arranjou a melhor terra no Egito para que sua família morasse. José viveu muitos anos no Egito até sua morte com 110 anos, mas nunca se esqueceu da aliança de Deus com o povo de Israel.
Nos termos dessa aliança, a terra de Canaã, onde morava Jacó, seria dada a Abraão e seus descendentes. Antes de sua morte, José pediu para ser enterrado na terra de Canaã, pois era a terra que Deus havia dado a Abraão e, por herança, aos seus descendentes.
O povo de Israel somente saiu da escravidão no Egito após 215 anos (a contar da descida de Jacó ao Egito para encontrar-se com José) tendo sido libertado por Moisés.
Espero que tenham gostado dessa maravilhosa história “A Jornada de José Governador do Egito” pois ela nos inspira a perseverar, perdoar e confiar em Deus. Ele é um exemplo de como a obediência e a fé podem nos guiar em nossas jornadas pessoais, mesmo quando enfrentamos desafios imensos.
Ao refletirmos sobre sua vida, podemos aplicar suas lições em nossas próprias experiências, buscando sempre a luz em meio à escuridão